Elaborando projetos culturais com o ChatGPT

A nova tecnologia pode ser uma ferramenta para agentes culturais: veja 10 formas de usar

Beth Ponte
14 min readApr 11, 2023
Foto de Jonathan Kemper na Unsplash

Você pode até não ter usado, mas é quase impossível não ter ouvido falar dele: o ChatGPT, está em todo lugar. Nas últimas semanas ele foi ‘desafiado’ por Leandro Karnal; foi banido da Itália e está causando apreensão entre professores, escolas e universidades. Ele se sairia melhor do que 80% dos alunos que prestaram o ENEM, já ajudou um juiz a escrever uma sentença e pode até mudar a forma como paqueramos online.

O ChatGPT é basicamente um modelo de linguagem baseado em inteligência artificial que consegue responder a perguntas e comandos escritos, gerando textos de forma natural e coerente (na maioria das vezes). Desenvolvido pela empresa OpenAI, o software foi lançado em novembro de 2022 e dois meses depois atingiu a marca de 100 milhões de usuários ativos (tornando-se o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história). Se quiser mais sobre como acessá-lo, confira um link com tutorial nas recomendações no final do texto.

Como consultora e gestora cultural tenho me interessado e atuado nos últimos anos com temas relacionados à transformação digital (e mais especificamente em como soluções digitais podem ajudar a gestão cultural). Também atuo como pesquisadora ligada ao OBEC e como professora em cursos de gestão cultural, portanto o texto é minha matéria prima. Por isso, pouco após o lançamento comecei a usar o ChatGPT (tanto no próprio site da OpenAI quando a versão já disponível no buscador Bing) e explorar suas possibilidades. O que ele poderá fazer pela produção e gestão cultural? Será que pode escrever projetos culturais, relatórios e até produtos artísticos?

Alerta de Spoiler: O ChatGPT (ainda) não é capaz de elaborar integralmente o conteúdo de um projeto cultural ou um relatório de atividades realmente bom, único e criativo no seu lugar, mas ele pode ajudar você a fazer isso MUITO mais rápido. E o mais importante, ele pode ajudar muitos agentes culturais que ainda precisam dominar o básico sobre projetos a escrever propostas melhores e viabilizar suas ideias através de editais e outros mecanismos de fomento à cultura. Nesse texto vou focar no uso do ChatGPT como ferramenta para planejamento de projetos e não no seu uso para criação de produtos artísticos (o que também é possível).

Caso você nunca tenha visto o ChatGPT: essa é sua tela inicial. Os prompts (comandos) devem ser escritos no campo inferior. No menu lateral esquerdo, é mantido um histórico de chats.
No buscador Bing, a opção ‘Chat’ funciona com o ChatGPT-4. Você pode escolher entre três estilos de conversação: criativo, equilibrado e preciso.

O que o ChatGPT não é?

Antes de partilhar alguns usos e dicas, eu acho que é importante falar sobre o que o ChatGPT não é, tanto quanto sobre o que ele é, parafraseando Sam Altan, CEO da OpenAI, em uma entrevista para a rede norte-americana ABC News. O ChatGPT não é um ‘novo Google’, uma ferramenta para buscar dados e informações. Inclusive já ficou claro que ele até ‘inventa’ referências bibliográficas. E isso acontece não porque a ferramenta deliberadamente ‘mente’ para você, mas porque você está esperando dela uma coisa que ela não foi projetada para lhe dar. Pedi ao próprio ChatGPT para me explicar por isso acontece (inventar informações ou bibliografias) e essa foi a explicação dele:

“O ChatGPT é um modelo de linguagem treinado para gerar texto coerente e semelhante ao humano, mas não tem acesso a informações atualizadas ou a capacidade de verificar a veracidade das informações que gera. Ele pode gerar referências bibliográficas que parecem plausíveis, mas que na verdade não existem, porque ele está usando sua capacidade de gerar texto coerente para criar uma resposta ao prompt (comando) do usuário. É importante verificar as informações geradas pelo ChatGPT antes de usá-las como fonte confiável.”

Ou seja, não adianta muito bater um prego com uma chave de fenda. Não devemos usar o ChatGPT como se fosse um Google que nos entrega as respostas resumidas.

Mas se o ChatGPT não é uma ferramenta de busca (ou pelo menos, não é essa sua capacidade principal), o que ele é? Por enquanto, na sua versão 3.5 (ou 4, quando usado no Bing), ele é uma ótima ferramenta para a escrita. Em breve ele pode se tornar muito mais, para o bem e para o mal, quando tiver capacidade de analisar e produzir maiores quantidades de texto e incluir outros formatos, como planilhas, bancos de dados, imagens e vídeos, por exemplo. Mas estamos nesse momento focando no que ele pode nos oferecer como ferramenta hoje (esse texto é de abril de 2023). Ou como disse o CEO da OpenAI na mesma entrevista à ABCNews:

“Eu acho que a maneira correta de pensar nos modelos que criamos é como um motor de raciocínio e não como um banco de dados e de fatos. (…) A forma como construímos este produto foi para que ele seja uma ferramenta, um amplificador para humanos.” (Sam Altan, CEO da OpenAI)

Como toda ferramenta, o ChatGPT não vai fazer sozinho o trabalho que é seu, mas certamente ele pode ajudá-lo acelerando muitos processos. Quanto melhor e mais assertivo o uso que você fizer dessa ferramenta, melhor será seu resultado.

Usando o ChatGPT como ferramenta para escrita

“- Você já descobriu como a Inteligência Artificial vai impactar nosso negócio? “ “- Estou trabalhando nisso.”

Para falar sobre ChatGPT e projetos culturais é importante saber como ele pode ajudar o processo de escrita em geral. Ele é uma ferramenta poderosa para qualquer pessoa que precise escrever bons textos e queira fazer isso de uma forma mais eficiente. Algumas das principais funcionalidades do ChatGPT incluem:

· Geração de ideias: Basta digitar um tópico ou palavra-chave e o chat irá gerar várias sugestões que podem ser usadas como ponto de partida.
· Redação de textos: Ele é capaz de gerar frases e parágrafos coesos e bem estruturados, em diversos estilos e formatos que podem ser editados e adaptados conforme necessário.
· Correção de texto: O modelo é capaz de identificar erros comuns de ortografia e gramática e sugerir correções adequadas.
· Tradução de texto: É possível traduzir trechos ou textos completos de uma língua para outra (com uma qualidade superior ao Google Tradutor, por exemplo).
· Resumos: Basta inserir o texto original e especificar o tamanho do resumo desejado.
· Mudar formatos de conteúdo: Você pode transformar uma estrutura de tópicos em texto ou vice-versa.
· Elaboração de modelos básicos de tabelas e análise básicas dos conteúdos delas.

Para que o ChatGPT faça todas essas coisas, é superimportante aprender a fornecer bons prompts (“comandos”). No contexto do ChatGPT, um prompt é uma instrução ou solicitação fornecida ao modelo para que ele gere uma resposta. Fazer bons prompts é fundamental para obter resultados precisos e de qualidade ao utilizar o ChatGPT como ferramenta de escrita.

É importante ser específico e claro em suas instruções, fornecer exemplos e evitar palavras ambíguas. Manter a mesma estrutura e tom ao escrever seus prompts também é recomendável. Nesse texto você pode ver outras dicas simples para melhorar os prompts (e nas dicas no final do texto tem outros links, incluindo o de uma lista com 500 prompts em diversas temáticas — em inglês e espanhol).

Ainda mais importante do que um bom prompt é seguir a regra simples de revisar tudo que o ChatGPT lhe fornece. Ele é uma ferramenta de escrita em fase de aprendizado e a melhor forma de usá-lo é como um ponto de partida para sua própria escrita.

Edite o texto, ajuste o estilo, inclua dados e informações de fontes corretas e, acima de tudo, exemplos e reflexões que são só suas. (Foi assim que escrevi parte desse texto, inclusive). Confirme em fontes oficiais todo tipo de dado quantitativo ou factual que ele acrescentar aos textos. Assim como ele ‘inventa’ bibliografia, pode inventar exemplos e listar dados errados ou de fontes imprecisas ou desatualizadas.

Por isso, não tem escapatória: tem que revisar, confirmar, fazer o trabalho de checagem de dados. Como explicado na seção “Perguntas frequentes” no site:

“O ChatGPT não está conectado à internet e pode ocasionalmente produzir respostas incorretas. Ele tem conhecimento limitado sobre o mundo e eventos ocorridos após 2021, e também pode ocasionalmente produzir instruções prejudiciais ou conteúdo tendencioso. Recomendamos verificar se as respostas do modelo são precisas ou não.”

Testando o ChatGPT para elaboração de projetos culturais

Qualquer pessoa que já tenha atuado como parecerista de editais de cultura, sabe da importância de um projeto claro e bem escrito. E acima de tudo, nós que trabalhamos com cultura sabemos que elaborar projetos requer um certo domínio de escrita e de técnica. É preciso saber como apresentar seu projeto; listar objetivos diretos e indiretos; construir uma boa justificativa; saber o que são indicadores etc. Tudo isso dentro da norma culta do português escrito, para responder aos requisitos de editais que seguem uma linguagem complexa e cheia de termos administrativos e jurídicos. Não espanta que de acordo com dados do Observatório da Economia Criativa (2020), 27,5% dos agentes culturais nunca tenham acessado recursos públicos para viabilizar seus projetos.

Felizmente, com o renascimento do Ministério da Cultura, temos em vista para 2023 um investimento recorde na cultura, com R$ 6,8 bilhões a serem distribuídos somente por meio das Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo. O novo Decreto de Fomento à Cultura (Nº 11.453 de 23 de março de 2023) dá passos firmes em direção à descentralização dos recursos para estados e municípios de todo no Brasil e isso é revolucionário. Mas a revolução não se faz da noite para o dia e ela deve impactar também os instrumentos que serão usados.

Embora o decreto traga a orientação de que os processos seletivos da cultura deverão usar a Linguagem Simples — o próprio MINC já lançou seu primeiro edital nesse novo formato, copiando o exemplo bem sucedido da Secretaria de Cultura do Ceará — ainda vai demorar um tempo para que essa inovação seja adotada por órgãos de cultura de todo o país. E mais ainda para mudar o processo de avaliação desses projetos.

Toda ferramenta que tenha o potencial de ajudar agentes culturais a escrever seus projetos e compreender melhor os editais, me parece muito bem-vinda.

Feitas todas essas explicações necessárias, vamos então ver como o ChatGPT pode ajudar produtores, gestores e agentes culturais a acelerar ou melhorar o processo de escrita de projetos culturais (e também na sua execução). Testei o desempenho do ChatGPT para escrever a base de um projeto cultural (fictício) para formação de jovens estudantes de escolas públicas da Bahia na área de tecnologias do audiovisual.

Abaixo partilho os prints das respostas do ChatGPT a alguns prompts. Optei no início por um prompt bem genérico, sem muitas informações sobre o projeto, propositalmente para ver o resultado. Em seguida, no mesmo chat, fui escrevendo os outros prompts. Ele guarda a informação da resposta inicial e produz as outras respostas. Cada uma das respostas abaixo foi produzida pelo ChatGPT em uma média de 30 segundos.

1) Primeiro forneci um prompt com uma informação geral sobre o projeto e pedi uma estrutura em tópicos:

“Elabore a estrutura em formato de tópicos de um projeto cultural de formação de jovens estudantes de escolas públicas da Bahia na área de tecnologias do audiovisual.”

Uma estrutura em tópicos é um excelente ponto de partida para qualquer processo de escrita, pois sugere conteúdos podem ser mencionados no texto do projeto.

2) Pedi que ele escrevesse uma proposta de apresentação, objetivos e justificativa do projeto:

Os textos são coerentes e escritos corretamente, do tipo que se esperaria ler em uma comissão de seleção de projetos culturais, mas são muito genéricos. Por isso testei a seguir como o ChatGPT se saía ao escrever textos com mais dados e informações específicas (o que também se espera em uma boa justificativa).

3) Solicitei uma justificativa mais aprofundada, usando dados relacionados às áreas de atuação do projeto:

Como mencionado anteriormente, é preciso conferir todo tipo de dado, exemplo de caso ou informações quantitativas que o ChatGPT fornece. E esse exemplo confirma isso.

Comparei as informações fornecidas pelo ChatGPT sobre a indústria do audiovisual com os dados do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual — OCA. Os dados do ChatGPT são confusos, apesar de não serem totalmente incorretos (o setor movimentou mais de R$ 26 bilhões em 2019, mas isso equivale a 0,46% e não 0,54% do PIB, número que não encontrei em lugar algum). A maior diferença foi em relação ao dado sobre empregos gerados. De acordo com a ANCINE (Estudo ‘Emprego no Setor Audiovisual — Ano-base 2019) o número de empregos registrado pelo setor audiovisual em 2019 foi de 88.053. Bem menos dos que os 330 mil informados no texto.

Fiz o mesmo teste no chatbot do Bing, que já inclui informações com os links de onde tirou a resposta, mas todas as fontes citadas como referência eram de relatórios e estudos em inglês sobre o audiovisual brasileiro, e em sua maioria anteriores a 2017. Além disso, simplesmente não encontrei o estudo da FGV mencionado por ele. O dado sobre salas de cinema está correto, mas não localizei a fonte o dado sobre o % de investimento no audiovisual.

Apesar dessas incorreções, o texto ainda é útil. Bastaria usar a estrutura já escrita como base e atualizar os dados após busca nas fontes corretas, como eu fiz.

4) Pedi que ele elaborasse uma proposta de planilha orçamentária para o projeto

Essa é uma das funcionalidades mais impressionantes. A resposta foi feita já num formato de tabela que pode ser copiada para o Excel ou Word (as multiplicações estão corretas, mas não são incluídas fórmulas quando copiado pro Excel).

Tanto os itens quanto os valores foram livremente sugeridos pelo ChatGPT, a partir de um prompt sem muitas informações. Se o prompt incluir mais informações sobre a duração, valor limite e quantidade de beneficiários/profissionais do projeto, o resultado pode ser bem melhor e ajudar os produtores culturais com uma versão inicial de uma estrutura orçamentária.

5) Usei o ChatGT para elaborar uma proposta de indicadores quantitativos e qualitativos para avaliar o projeto

Os indicadores propostos são coerentes e podem ser um bom início para planejar a avaliação do projeto.

Aqui vão mais outras 5 possibilidades de uso do ChatGPT para ajudar no planejamento de projetos culturais. Testei com o projeto fictício e recomendo que experimente alguns dos resultados com seus próprios projetos.

6) Análise do orçamento por etapa do projeto

O ChatGPT categorizou os itens do orçamento e indicou o percentual correto de cada um, apresentando uma análise dos itens agrupados.

7) Proposta de matriz de riscos do projeto

A Matriz de Riscos é uma ferramenta para avaliar e monitorar os possiveis riscos do projeto, prevendo a probabilidade e impacto de cada um e ações de mitigação correspondentes. O resultado também foi entregue em uma tabela e as respostas e sugestões foram úteis. Certamente eu as usaria como um ponto de partida, acrescentando outros riscos e ações de mitigação mais específicos.

8) Elaboração de uma proposta de questionário de avaliação do projeto

Neste caso, eu indiquei no prompt que queria um questionário de avaliação de satisfação e de impacto, com foco nos estudantes, e com perguntas de múltipla escolha. O questionário foi coerente e satisfatório para uma avaliação básica, mas poderia ser melhorado por quem conhece mais profundamente métodos de pesquisa e elaboração de questionários.

9) Lista de ideias para divulgação do projeto, com foco no público-alvo

As ideias sugeridas foram úteis para pensar num plano de divulgação de um projeto local, com algumas ideias interessantes e que, por exemplo, não me ocorreriam de imediato (como a ideia de criar um programa de indicação de amigos).

10) Sugestões de ações de sustentabilidade ambiental que poderiam ser realizadas no âmbito do projeto

O ChatGPT criou uma lista de possíveis ações, algumas mais viáveis que outras. Mas não sugeriu, por exemplo, uma ação meio óbvia: que o conteúdo do curso ou os produtos audiovisuais produzidos abordassem também a sustentabilidade como temática.

Ideias de ações de sustentabilidade sugeridas pelo ChatGPT.

Finalizando: “qual era mesmo a pergunta?”

As tecnologias estão avançando rapidamente e a nossa forma de entendê-las e utilizá-las também precisa mudar. Na gestão de um projeto ou organização cultural, as soluções digitais não são simples ferramentas: são recursos que impactam a forma como usamos todos os nossos outros recursos (o tempo, os recursos humanos e os recursos financeiros).

O ChatGPT pode ajudar na elaboração de projetos, de relatórios ou em outras atividades da gestão de um projeto, mas ele não faz tudo. O que sempre vai fazer a diferença é a combinação entre a inteligência artificial e a inteligência humana.

Elaborar um bom projeto cultural ainda continuará sendo muito mais do que apenas copiar as respostas que o ChatGPT fornece. Sempre precisaremos aliar a inventividade, a diversidade e a sensibilidade da nossa cultura ao conhecimento técnico e a experiência na gestão dos nossos projetos, cada um com sua identidade e unicidade.

O ChatGPT também não vai resolver os desafios que ainda temos de acesso à formação na área de gestão cultural, mas já pode ser utilizado como uma ferramenta estratégica num momento em que teremos uma enxurrada de editais e oportunidades de fomento. Espero que ele seja utilizado tanto por fazedores de cultura para melhorar seus projetos, quanto por agentes públicos para elaborar editais mais claros e mais simples.

As novas tecnologias sempre nos desafiaram, muito antes da era digital. A diferença é que agora elas surgem e mudam numa velocidade cada vez maior (e são cada vez mais globais). Essa aceleração pode ser meio atordoante, como disse o pesquisador Átila Iamarino em seu didático vídeo sobre inteligências artificiais:

“Hoje somos as pessoas nas carroças atordoadas vendo os primeiros carros correndo nas estradas. E a gente está aqui se perguntando quanto o mundo vai mudar quando todo mundo tiver um carro desses.” (Átila Iamarino)

Devemos acompanhar com interesse a evolução das inteligências artificiais e nunca perder de vista suas falhas e deficiências e os desafios morais e éticos que elas impõem e que precisam ser resolvidos. Acredito que a solução não é banir ou interromper o desenvolvimento da tecnologia, mas sim regulamentar seu desenvolvimento e uso, como defendido nesse ótimo artigo do Prof. André Lemos e algo inclusive sugerido pelo CEO da OpenAI.

Por fim, como cidadã, torço para que o uso do ChatGPT traga para o centro do debate a importância da alfabetização em dados e da checagem de informações. Precisamos não apenas aprender a fazer melhores perguntas, mas saber como e onde buscar as melhores respostas, verdadeiras e mais completas.

E sobretudo, não podemos esquecer de sempre nos questionar para que usamos a tecnologia e o que queremos mudar e melhorar no mundo com a sua ajuda valiosa. A provocação feita há mais de meio século pelo arquiteto britânico Cedric Price continua ainda mais relevante: “Tecnologia é a resposta. Mas qual era mesmo a pergunta?”.

Para saber mais sobre:

· Tutorial: O que é ChatGPT e como acessar a inteligência artificial em português, Olhar Digital (22 de março de 2023)

· Se você quiser outras dicas e exemplos éticos e eficiente de usos do ChatGPT para escrever e ler textos acadêmicos, recomendo seguir o perfil do pesquisador paquistanês @MushtaqBilalPhD no Twitter.

· No Podcast ‘O assunto’, Natuza Nery conversou com Nina da Hora sobre como o ChatGPT funciona, seus mecanismos e suas deficiências. (06 de fevereiro de 2023)

· ChatGPT é uma ameaça? Por Shin Suzuki da BBC News Brasil (19 de janeiro do 2023)

· Ignacio Velásquez, criador do popular aplicativo de anotações e produtividade Notion, e Shushant Lakhyani criaram uma coleção de mais de 500 prompts para o ChatGPT, disponíveis gratuitamente. A coleção apresenta dezenas de categorias, desde redação e codificação de blogs até marketing de influenciadores e ideias para entrevistas em podcast.

Beth Ponte é gestora cultural, pesquisadora e consultora pela Ponte Cultura & Desenvolvimento e pelo Deck — Inteligência digital para a cultura (novidades em breve!). É pesquisadora associada do Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC-BA) e vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Organizações Sociais da Cultura (ABRAOSC). Foi German Chancellor Fellow (2018/2019) da Fundação Alexander von Humboldt, na Alemanha, onde desenvolveu o projeto “Quality for Culture” (Qualidade para a cultura). Desde 2013, é professora convidada de cursos de pós-graduação em gestão cultural no Brasil e exterior.

https://www.linkedin.com/in/bethponte/

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Beth Ponte

Gestão cultural com propósito // Arts management with purpose www.qualityforculture.org (PT/EN)